[sessões temáticas]
   
 

>> ST1 - CIDADES IMATERIAIS

comitê científico-artístico:
Margareth da Silva Pereira (coord.) – PROURB/UFRJ
Regina Helena Alves da Silva – PPGCOM e PPGHIS/UFMG
Daniela Brasil - Bauhaus/Weimar

>> ver trabalhos selecionados

Colocar-se-á em questão a hipertrofia da dimensão material e visual na  compreensão do conceito de "cidade", que  continua a ignorar indivíduos ou grupos e a diversidade de suas histórias, memórias e experiências de vida  coletiva. Pretende-se discutir como a banalização de elogios ou condenações  implícitas em expressões que vêm sendo invocadas hoje - como "cidades  genéricas", "cidades partidas", "cidades em trânsito",  "cidades sem   limites"- não são inocentes e negligenciam que as cidades são construções  plurais, ao mesmo tempo materiais, imateriais, mas, sobretudo, "encarnadas",  feitas, portanto, de subjetividades, percepções, expectativas, alianças,  conflitos que elaboram a própria  tessitura social, política e cultural em  seu modo mais banal, cotidiano e dinâmico de ação. Espera-se enfatizar a  discussão de situações de nomadismos, exilios, hibridismos ou mestiçagens  capazes de chamar a atenção para a diversidade de "cidades"  que sempre  estiveram presentes na experiência citadina, autorizando expressões  culturais -arquitetônicas, urbanisticas, artísticas - que desloquem  a  pregnância de um conceito material, construído, visível e fechado de cidade  que já demonstrou seus limites e as exclusões que acarreta.

>> ST2 -  A CIDADE COMO CAMPO AMPLIADO DA ARTE

comitê científico-artístico:
Gloria Ferreira (coord.) – PPGAV/UFRJ
Guilherme Bueno – EAVPL
Ronald Duarte – Imaginário Periférico

>> ver trabalhos selecionados

Discutir a cidade como situação da ampliação do campo artístico. O investimento de diferentes tipos de  ações de artistas nas últimas décadas vem estabelecendo uma nova cartografia simbólica da arte na qual se tecem nexos com as situações históricas, políticas e sociais, bem como com o fluxo de significações de sua presença no mundo. A relação com a cidade indica, assim, a busca de uma economia de inserção da arte nas sociedades e no mundo,  redefinindo a função, o papel e mesmo o que seria próprio à arte nas atuais circunstâncias.

>> ST3 - CORPOGRAFIAS URBANAS

comitê científico-artístico:
Fabiana Dultra Britto (coord.)–PPG-Dança/UFBA
Paola Berenstein Jacques – PPG-AU/FAUFBA e PPGAV/UFBA
Alejandro Ahmed - Cena 11

>> ver trabalhos selecionados

Explorar o campo de possibilidades das relações entre corpo e cidade pensando-as como um processo de formulação de um ambiente e o ambiente como conjunto de condições para a continuidade desse processo. Corpo e cidade se relacionam, mesmo que involuntariamente, através de toda e qualquer experiência urbana. A cidade é lida pelo corpo como conjunto de condições interativas e o corpo expressa a síntese dessa interação descrevendo em sua corporalidade, o que pode-se chamar de corpografia urbana. Investigar as cartografias realizadas pelo e no corpo como registros corporais das experiências urbanas, compreender espaços urbanos através de configurações corporais, pensar a cidade como fenótipo extendido do corpo.

>> ST4 - MODOS DE SUBJETIVAÇÃO NA CIDADE

comitê científico-artístico:
Robert Pechman (coord.) – IPPUR/UFRJ
Luis Antônio Batista – PPGPSI/UFF
Eliana Kuster - Recados Urbanos

>> ver trabalhos selecionados

Como entender os modos de subjetivação do indivíduo contemporâneo na cidade? Uma cidade, já sabemos, é mais que um simples lugar, é mais que um cenário, transcende o palco. A cidade é a possibilidade do individuo ser: quanto mais ela é introjetada no plano familiar, íntimo, pessoal, quanto mais ela parece estruturar o indivíduo no plano familiar, tanto mais ela compõe, de fato, o ser urbano. Ora quem pensa cidade não escapa ao ‘socius’ e se vê diante da urbanidade: o verdadeiro ‘ethos’ de uma cidade. Mas o ‘ethos’ de uma cidade, como as Flores do Mal, de Baudelaire, não brota naturalmente no asfalto, não há Natureza capaz de tal proeza. Ao contrario, é preciso semear nesse asfalto para que flores urbanas nasçam. O que queremos saber, então, é que tipo de flores andam sendo semeadas em chão urbano? Mais ainda, a que cheiram? Ainda mais, quem todavia as colhe?Trata-se, portanto de refletir/experimentar as derivas urbanas do corpo contemporâneo em torno das novas formas de urbanidade, inclusive aquelas capazes de negar a própria cidade. Teríamos o quê, então? Um corpo sem urbanidade, logo, sem cidade, cujo modo de subjetivação escapa completamente ao chão que o pariu? Qual seria então a equação? Tal corpo, qual cidade? Ou o seu inverso?