vol.1
n. 01 _ março 2008 __ paisagens do corpo 
vol.1
n. 05 _ modos de subjetivação na cidade
 
vol.1
n.4 _ corpografias urbanas  
 
vol.1
n. 3 _ cidade como campo ampliado da arte 
 
vol.1
n. 02 _ cidades imateriais  
 
vol.1
n. 01 _ paisagens do corpo   
   
 

O que é o corpoSSA?

A cidade é um conjunto de dobras. Emprestamos esta afirmação de uma entrevista, onde Deleuze dizia que a natureza se constitui destas dobras, como as dobras das ondas do mar, das topografias descontínuas de Salvador, das escadarias, dos movimentos do corpo e do corpo em si mesmo, uma dobra fluída, processual, dobras de corpos envelhecidos, de olhares que se dobram sobre as janelas dos sobrados, dos televisores, dos trios elétricos, das ladeiras. Neste emaranhado de situações, entendemos que pensar sobre corpocidade revela-se uma tarefa em construção; e intervir neste corpoSSA levanta uma série de questões para artistas e pesquisadores que ainda não entraram com seus corpos na cidade de Salvador, ou que ainda não entraram em algumas de suas dobras. A sessão corpoSSA é mais uma entrada para todo o processo do corpocidade. Aqui tentaremos revelar as rugosidades e opacidades diluídas por entre as dobras da cidade de Salvador, uma possibilidade de desvendar suas múltiplas faces, paisagens, corpos, arquiteturas; e instigar propostas para intervenções que serão realizadas durante o evento.

corpoSSA #1 : Caminhos do trem

Nesta edição trazemos trechos do caminho do trem urbano da cidade de Salvador, que percorre a orla da Baía de Todos os Santos entre os bairros de Calçada e Paripe. O registro se deu no dia em que a cidade choveu, a terra molhou e o barro não deu passagem para o trem, portanto um desdobramento foi necessário, e paralelamente à linha férrea seguimos pela Av. Suburbana. Passamos pelo cotidiano de muitos baianos, uma paisagem plural, onde o trem se desdobra e se dobra entre corpos, olhares, curvas, túneis, pontes, praias, enseadas, e vive... até mesmo quando o trilho desaparece por debaixo de melancias. O trem de ferro vive e seu entorno comparece, como suporte de qualquer movimento que, sobre os trilhos, seguindo-o ou cruzando-o, se revela corpo ativo e presente.


linha férrea


estação calçada


botecos - avenida suburbana


linha férrea travessa... lado A


linha férrea travessa ... lado B


varal


birosca na avenida Suburbana


enseada dos cabritos


zoom na enseada dos cabritos


seresta do gaji


túnel


todo de amarelo


paripe


a caminho do fim de linha


fim de linha